Como implementar um sistema de gerenciamento de Backup? 

Implementar um sistema de gerenciamento de Backup é um processo que garante a continuidade dos negócios e a proteção contra perda de dados, seja por falha de hardware, erro humano, ciberataques ou desastres naturais. 

 

Ter um sistema eficaz não é somente para “copiar arquivos, mas sim, sobre um ciclo completo de proteção de dados.  

 

Neste artigo, vamos pontuar os principais passos de como implementar um sistema de backup. 

O que é Backup? 

O backup consiste na criação de cópias de segurança de dados digitais e esse processo, por mais que possa parecer simples, envolve a replicação e o armazenamento em ambientes distintos do local original, como em serviços cloud, data centers externos ou até mesmo mídias físicas. 

 

Saiba mais: Qual é a importância do gerenciamento de backup para a segurança dos dados? | Mindtek 

Cópia vs. estratégia: uma diferença que o mercado ignora 

É notável que ainda existem muitos gestores que acreditam estarem assegurando os dados corporativos porque “fazem cópias dos arquivos importantes” todo dia, pensando que estão utilizando uma técnica de gerenciamento de backup. 

 

Um sistema de gerenciamento real é um processo automatizado, monitorado e testado que responde a duas perguntas críticas de negócio: 

 

  • RPO (Recovery Point Objective) 

Qual é a quantidade de dados que a sua empresa aceita perder? 

Se seu backup é feito só à noite e você sofre um ataque às 17h, você aceita perder um dia inteiro de vendas, contratos e e-mails? 

O RPO define a frequência do backup. 

 

  • RTO (Recovery Time Objective) 

Quanto tempo sua empresa aceita ficar parada? 

Se seu sistema cair, você consegue voltar a operar em 1 hora ou em 2 dias? O RTO define a tecnologia e a velocidade da sua restauração. 

 

Definir seu RPO e RTO é uma decisão de negócios, não técnica. O custo de um RTO de 5 minutos é exponencialmente maior que um de 24 horas, mas qual é o custo de um dia inteiro sem faturar? 

Como atingir as metas de RPO e RTO? 

Definidos o RPO e o RTO, será preciso que a equipe de TI escolha as ferramentas certas para atingir essas metas. É nesse momento que a “cópia” se diferencia da “estratégia”. 

 

Para atingir um RPO baixo (ex: perder no máximo 1 hora de dados), não é viável fazer um “backup completo” (Full) de todo o servidor a cada hora. Isso travaria a rede. Por isso, a estratégia combina diferentes tipos de backup: 

 

Full (Completo): cópia de tudo. 

 

Incremental ou diferencial: cópia apenas dos arquivos que mudaram desde o último backup (full ou incremental). 

 É extremamente rápido e permite backups frequentes (a cada hora ou até a cada 15 minutos), garantindo um RPO baixo. 

 

Da mesma forma, o RTO (tempo de restauração) depende de onde o backup está guardado: 

 

Mídia local (On-premises): um backup guardado em um servidor rápido na sua rede local permite uma restauração muito rápida, ideal para um RTO baixo. 

 

Mídia externa (Serviço Cloud): é mais lento para restaurar, mas é o que protege contra desastres físicos (incêndio, roubo). 

 

Então, a pergunta-chave da estratégia é: Como podemos ter a velocidade da mídia local (para RTO) e a segurança da mídia externa (para desastres) ao mesmo tempo? 

 

E para responder a isso que o mercado criou a regra 3-2-1. 

O que é Regra 3-2-1? 

Para transformar sua “cópia” em uma “estratégia” robusta, a área da TI utiliza muito a regra 3-2-1. É a base de qualquer sistema resiliente: 

  • 3 Cópias dos seus dados: A cópia original (em produção) e mais duas cópias de backup. 
  • 2 mídias diferentes: Não salve seus dois backups no mesmo lugar ou no mesmo tipo de mídia. Exemplo: Um backup em um servidor local (NAS) e outro em um serviço de nuvem. 
  • 1 cópia off-site (fora do local): Pelo menos uma cópia deve estar fisicamente separada do escritório da empresa. Se houver um incêndio, inundação ou roubo, essa é sua garantia. Muitas empresas estão aderindo serviços em nuvem (AWS, Azure, Google Cloud) ou provedores locais que é a resposta moderna e segura para isso. 

Como evitar o erro invisível: o ponto cego 

Realizar toda uma estratégia, escolher ferramenta e implementar um gerenciamento de backup não vai adiantar se você cometer um dos erros mais comuns: não testar suas restaurações. 

 

Um backup que nunca foi testado não é um backup; é uma suposição. E como você deve estar cansado de saber, as suposições quebram empresas. 

 

Um sistema de gerenciamento eficaz inclui testes de restauração agendados e regulares além disso, você precisa simular cenários de falha: “Se o servidor X morrer, conseguimos subir a VM em quanto tempo?”. “Se o vendedor Y deletar a pasta de clientes, conseguimos restaurar os arquivos de ontem?” 

 

Esses cenários precisam ser simulados periodicamente para que o plano de backup funcione quando for realmente necessário. 

Conclusão 

Implementar um sistema de gerenciamento de backup não é apenas uma questão técnica, mas também uma decisão estratégica que garante a continuidade dos negócios e a tranquilidade da sua equipe. 

 

Se você quer garantir que sua empresa esteja protegida contra falhas, ataques ou desastres, converse com um dos nossos especialistas através do e-mail contato@mindtek.com.br ou pelo Whatsapp (21) 99146-6537 

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Por |2025-10-23T19:32:47-03:00outubro 23rd, 2025|Backup|

Sobre o Autor:

Olá, sou Josafá Tavares, redator de conteúdo da Mindtek. Desde 2019 escrevo sobre tecnologias da informação, produzindo artigos que exploram temas como Data science, programação, Inteligência Artificial, Big data, Business intelligence e Segurança da informação. Tenho formação em Comunicação Social com enfase em Publicidade e propaganda e também tecnológo em em Marketing e apaixonado por transformar assuntos complexos em textos claros e envolventes. Escrever para a Mindtek me permite unir meu conhecimento técnico ao prazer de compartilhar ideias e tecnologia para o público em geral.

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