Imagine tentar chegar a um endereço desconhecido sem um aplicativo de mapas. Você provavelmente vai se perder… no mundo corporativo, muitas equipes fazem exatamente isso todos os dias, mas com os dados.
E se eu te dissesse que existe uma ferramenta para esse universo de informações? Esse é o papel do Data Catalog.
Em vez de ser apenas um depósito, ele é um inventário de todos os ativos de dados da sua empresa. Ele não guarda o dado em si, mas sim o mapa para chegar até ele, com todas as informações que você precisa. Neste artigo, vamos apresentar um guia passo a passo para implementar essa solução na sua empresa.
Quais são os benefícios para implementar?
A sua adoção traz vantagens estratégicas que impactam diretamente a eficiência e o sucesso das empresas:
- Melhora a descoberta e o acesso aos dados, pois a sua busca simplificada permite que os usuários encontrem informações relevantes rapidamente, eliminando a dependência de processos manuais demorados.
- Aumenta a produtividade e a eficiência operacional, já que, ao reduzir o tempo gasto na procura e validação de dados, as equipes podem se concentrar em análises e decisões estratégicas, acelerando projetos e otimizando fluxos de trabalho.
- Dá suporte à conformidade regulatória que é algo essencial em um cenário de regras como a LGPD. A ferramenta permite rastrear a linhagem dos dados e identificar informações sensíveis, garantindo que as políticas de privacidade sejam cumpridas.
- Aprimora a colaboração entre equipes, pois ao centralizar o acesso aos dados, o catálogo promove a integração entre departamentos, fazendo com que times de comercial, operações, marketing, TI e finanças colaborem de forma mais eficaz.
Passo a passo para implementar um Data Catalog
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Defina os objetivos:
Antes mesmo de avaliar ferramentas você precisa ter respostas muito objetivas para algumas perguntas:
- Qual problema a empresa deseja resolver?
- Quem será o usuário final do catálogo?
- Quais resultados esperamos alcançar em curto, médio e longo prazo?
Essa definição inicial é muito importante porque guia todas as etapas que vêm depois. As empresas que querem acelerar suas análises precisam dar prioridade à agilidade na integração de fontes e à usabilidade. Por outro lado, aquelas que estão focadas em conformidade regulatória devem ter o compliance como prioridade, colocando segurança, rastreabilidade e auditoria em primeiro lugar.
Ter objetivos bem definidos ajuda a evitar o desperdício de recursos, aumenta o engajamento das equipes e assegura que o catálogo não se torne apenas mais uma ferramenta que não é utilizada corretamente.
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Engaje as partes interessadas:
outro erro comum é tratar o Data Catalog como uma solução puramente técnica, restrita ao time de TI. Na prática, ele é uma infraestrutura corporativa e o seu sucesso depende do envolvimento das diferentes áreas.
A TI e a engenharia de dados são essenciais para estruturar integrações, garantir performance e manter o catálogo atualizado.
As áreas de governança e compliance atuam como guardiãs das regras, garantindo que o uso dos dados estejam em conformidade com normas e legislações como a LGPD.
Os usuários de negócio, como os das áreas comercial, financeira e de RH, são os que mais se beneficiam e, ao mesmo tempo, os que melhor testam a verdadeira utilidade da solução.
Se essas áreas não forem incluídas desde o começo, existe o risco de desenvolver um catálogo que é tecnicamente forte, mas que não atende às necessidades do negócio. O segredo é criar o catálogo como um projeto em conjunto, onde todos agregam valor.
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Realize um inventário dos dados existentes:
antes de organizar é preciso enxergar o que se tem. Esse mapeamento funciona como uma radiografia do atual cenário.
Aqui, o trabalho envolve identificar as fontes de dados: bancos relacionais, planilhas isoladas, APIs externas e até relatórios esquecidos em pastas compartilhadas. Após isso é necessário classificar por importância, frequência de uso e relevância para o negócio.
Um erro comum é tentar catalogar tudo de uma só vez. Isso resulta em dispersão e, frequentemente, no fracasso do projeto. O ideal é iniciar com conjuntos de dados que são críticos e têm um grande impacto na operação, e depois ir expandindo aos poucos.
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Escolha a ferramenta de Data Catalog:
a ferramenta não é o ponto de partida, mas ela é decisiva para o sucesso do catálogo. O mercado oferece opções variadas, desde soluções open source e até plataformas corporativas como o Talend.
A escolha deve considerar critérios como:
- Escalabilidade: o catálogo precisa crescer junto com a empresa.
- Integrações nativas: quanto mais fácil conectar novas fontes, melhor.
- Facilidade de uso: se a interface for complexa, os usuários finais não vão aderir.
- Custo total: além da licença, leve em conta treinamento, suporte e manutenção.
Mais importante que escolher a “melhor ferramenta do mercado” é selecionar a que mais se adapta à maturidade da sua organização e ao plano estratégico definido no início.
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Estruture a governança de dados:
Um catálogo sem governança é apenas um repositório desorganizado de informações. Para gerar valor deve estabelecer regras, papéis e responsabilidades claras.
Algumas perguntas orientadoras:
- Quem pode registrar e documentar novos conjuntos de dados?
- Quem valida e garante que essas informações estão corretas?
- Como será feito o controle de acesso?
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Configure e integre as fontes:
é nesse momento que o catálogo começa a ganhar vida. A integração com fontes de dados deve ser planejada para garantir atualização contínua e mínima intervenção manual.
Boas práticas incluem:
- Automatizar a coleta de metadados.
- Implementar pesquisas inteligentes, filtros e tags que facilitem a descoberta.
- Garantir que atualizações ocorram em tempo real ou em ciclos definidos.
Um catálogo útil é aquele que reflete o ambiente de dados atual da empresa – e não uma versão desatualizada e estática.
7. Monitore e evolua:
implementar o Data Catalog não é um projeto com fim definido, mas sim um processo contínuo. Ele precisa ser tratado como um produto vivo, sujeito a revisões, melhorias e feedback constante.
As empresas devem:
- Avaliar periodicamente a qualidade e completude dos dados.
- Revisar regras de governança diante de novas legislações.
- Incorporar feedback dos usuários para melhorar a experiência.
Esse ciclo de melhoria contínua é o que garante que o catálogo não apenas sobreviva, mas se torne parte integrante da cultura organizacional, consolidando a empresa como data-driven.
Conclusão
A implementação do Data Catalog vai muito além da tecnologia: trata-se de uma jornada estratégica que exige objetivos bem definidos, governança e o envolvimento de toda a empresa. Quando estruturado corretamente, deixa de ser apenas uma ferramenta e passa a ser um ativo essencial para gerar valor a partir das informações.
Com ele, sua organização ganha eficiência, reduz retrabalho e fortalece a confiança nos dados usados para decisões. Mais do que organizar, o catálogo impulsiona a construção de uma verdadeira cultura orientada a dados, permitindo que o negócio se torne mais ágil, seguro e competitivo.
Se a sua empresa está pronta para dar esse passo e transformar dados em diferencial estratégico, conte com o apoio dos nossos especialistas através do e-mail contato@midntek.com.br ou pelo whatsapp +55 21 99146-6537 .
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