Power Automate: Qualquer sistema operacional pode rodar? 

Quando uma organização decide adotar o Microsoft Power Automate, a conversa inicial geralmente gira em torno do ROI (Retorno sobre investimento), licenciamento e dos processos a serem automatizados. No entanto, uma pergunta técnica fundamental é muitas vezes subestimada: “Onde, exatamente, isso vai rodar?” 

Muitos gestores assumem que, por ser uma ferramenta “cloud”, ela roda em qualquer lugar. Outros assumem que, por ser “Microsoft”, ela só roda em Windows. 

A verdade está no meio-termo: a compatibilidade de sistema operacional do Power Automate depende totalmente do tipo de automação que você pretende implementar. 

Para um tomador de decisão, entender essa distinção é o fator essencial para planejar a infraestrutura, o orçamento e evitar surpresas no TCO (Custo Total de Propriedade) do projeto. 

Neste artigo, você vai compreender a plataforma em seus componentes e analisar o impacto estratégico de cada um. 

O ponto de partida da plataforma é o portal web: Microsoft Power Automate, onde os usuários criam, monitoram e gerenciam os Cloud Flows: fluxos que conectam serviços de nuvem como outlook, sharepoint, teams, google drive e etc… 

Por ser uma aplicação 100% online, o acesso pode ser feito de qualquer sistema operacional, ou seja, para automações entre serviços SaaS, o sistema operacional é irrelevante, basta apenas ter um navegador web. 

Isso torna o Power Automate acessível para equipes com ambientes hibridos ou políticas de BYOD (Bring Your Own Device). 

Quando a automação passa a envolver tarefas executadas em aplicações locais, entra em cena o Power Automate Desktop (PAD) que é o componente de RPA (Robotic Process Automation) da plataforma. 

É o PAD que permite automatizar processos em sistemas legados, planilhas, ERPs locais ou qualquer operação executada diretamente no desktop. E essa ferramenta é compatível somente com sistemas Windows (Windows 10/11 Pro/Enterprise ou Windows Server 2016 e superiores). 

Isso na prática, impacta dois cenários distintos: 

• Automação atendida: o robô roda na própria máquina do colaborador, apoiando em tarefas manuais. Nesse caso, o usuário precisa utilizar um PC com Windows. 

• Automação não atendida: o robô opera de forma independente, 24h por dia, normalmente em máquinas virtuais (VMs) ou servidores Windows hospedados em ambientes como o Azure Virtual Desktop. 

Empresa que utilizam macOS ou Linux, precisam considerar a infraestrutura Windows para rodos os robôs. 

Para organizações que ainda mantêm parte dos seus dados e sistemas em servidores locais, o On-Premises Data Gateway é essencial entre esses ambientes e a nuvem do Power Automate. 

Esse componente cria uma conexão para que fluxos baseados em nuvem possam acessar bancos de dados, ERPs ou diretórios de arquivos locais.  Sendo compatível somente com Windows Server (versão 2012 R2 ou mais recente). 

É preciso ficar atento pois mesmo que a automação em si seja executada na nuvem, se houver necessidade de acessar dados internos, será indispensável ter um servidor Windows dedicado operando continuamente. 

O Power Automate também oferece aplicativos mobile para iOS e Android, voltados à gestão de fluxos e aprovações.
 

Esses apps não são utilizados para criar automações, mas desempenham um papel importante na experiência de uso. A possibilidade de aprovar solicitações diretamente pelo celular elimina gargalos operacionais e garante que os fluxos continuem executando mesmo quando os responsáveis estão fora do escritório. 

Para aproveitar o potencial do Power Automate é necessário considerar que o núcleo técnico da solução que está interligada ao ecossistema do Windows. 

Com um bom planejamento de infraestrutura e custos, essa dependência deixa de ser uma limitação e se torna um componente da estratégia de automação.  

Se você deseja de apoio estratégico, converse com um dos nossos especialistas através do e-mail contato@mindtek.com.br ou pelo WhatsApp (21) 99146-6537. 

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