A migração de dados para a nuvem pode ser um desafio complexo que requer estratégias eficazes para minimizar o tempo de inatividade. O local onde os dados são armazenados durante a migração é importante para o desempenho dos aplicativos. Problemas de atraso e largura de banda podem surgir se os serviços forem migrados sem os dados correspondentes. Isso pode resultar em acesso a dados a longas distâncias entre data centers locais e na nuvem, prejudicando a performance.

Manter a integridade, sincronização e consistência dos dados durante a migração é uma tarefa desafiadora que exige coordenação estratégica. A equipe de migração pode enfrentar grandes dificuldades técnicas para assegurar essa correlação.

Para um ótimo desempenho é essencial migrar dados e serviços associados simultaneamente. No entanto, decidir o momento e o método de migração pode ser complicado. Por isso, muitas empresas recorrem a um arquiteto de migração para garantir uma transição bem-sucedida para a nuvem.

Colaborar com especialistas em sistemas, bancos de dados, desenvolvimento de aplicativos e líderes empresariais pode ajudar a identificar as fontes de dados potenciais que podem não ser necessárias para a migração para a nuvem. Determinar quais conjuntos de dados devem ser transferidos é uma decisão crítica que requer uma análise minuciosa e por isso é essencial realizar algumas perguntas para determinar as fontes de dados para migração, como:

• É necessário migrar todo o banco de dados ou apenas uma parte dele?
• Existem arquivos de dados redundantes que podem ser descartados?
• Algum dos dados precisa ser processado para reduzir volumes de dados ou melhorar a qualidade dos dados antes da migração?

A análise cuidadosa dos recursos de dados e a justificativa para transferi-los para a nuvem podem ajudar a reduzir a quantidade de dados que precisam ser migrados. Adotar esse tipo de abordagem pode reduzir significativamente a duração do processo de migração e evitar possíveis problemas que frequentemente surgem durante a migração de grandes conjuntos de dados.

Quer você tenha um arquiteto de nuvem interno ou não, existem três tipos principais de migrações de dados para mover dados de aplicativos para a nuvem:

• Migração de blackout do sistema
• Migração dinâmica de réplica
• Migração sincronizada

Cada uma dessas estratégias requer um nível de esforço, impacta a disponibilidade do seu aplicativo de maneira diferente e apresenta diferentes níveis de risco para o seu negócio, independentemente de você estar movendo um banco de dados SQL, um banco de dados NoSQL ou arquivos de dados brutos. Embora você possa encontrar algumas semelhanças entre os diferentes métodos de migração, as variações residem nos detalhes.

Em uma migração de blackout do sistema, você desativa seu aplicativo local, transfere os dados do banco de dados local para o banco de dados na nuvem e, em seguida, traz seu aplicativo de volta online na nuvem. Embora esse método seja simples, fácil e seguro, ele requer a desativação do seu aplicativo, o que pode resultar em um tempo de inatividade significativo se você tiver um grande conjunto de dados. Esse tempo de inatividade também pode afetar negativamente seus clientes e operações comerciais.

Na maioria dos aplicativos, a quantidade de tempo de inatividade durante uma migração de blackout do sistema geralmente é inaceitável. No entanto, se seu conjunto de dados for gerenciável e seu negócio puder tolerar algum tempo de inatividade, essa abordagem é a maneira mais fácil e menos arriscada de mover seus dados para a nuvem.

A estratégia de migração dinâmica tem como objetivo reduzir o tempo de inatividade, mantendo o processo de migração de dados relativamente simples. Inicialmente, os usuários começam com a versão principal do banco de dados em execução no seu data center local. Em seguida, os usuários precisam configurar uma cópia de réplica de leitura do banco de dados na nuvem com sincronização unidirecional de dados do mestre local para a réplica na nuvem. Esse tipo de modelo mestre-réplica é padrão na maioria dos sistemas de banco de dados.

Durante o processo de migração, todas as atualizações e alterações de dados ainda são feitas no mestre local e o mestre replica essas alterações para a réplica baseada na nuvem. Mesmo após a migração e implantação do seu aplicativo na nuvem, você continuará fazendo gravações de dados no mestre local. 

Em um momento predeterminado, você “troca” e alterna os papéis do mestre/réplica de leitura. A réplica na nuvem assume como principal, enquanto o mestre local se torna uma réplica para leitura. Todo o acesso de gravação é então movido do seu banco de dados local para o banco de dados na nuvem.

Apesar de ser necessário um breve período de inatividade durante a migração, esse tempo é significativamente inferior ao exigido pelo método de cópia offline. Contudo, mesmo assim, o tempo de inatividade deve ser considerado e é fundamental analisar quanto tempo seu negócio pode tolerar sem operar.

Das três estratégias de migração de dados, a migração sincronizada é a mais complexa e apresenta o maior risco. No entanto, se executada corretamente, essa abordagem pode facilitar a migração de dados sem qualquer tempo de inatividade do aplicativo.

Para fazer isso, os usuários precisam criar uma réplica do mestre do banco de dados local na nuvem e estabelecer uma sincronização bidirecional entre os dois mestres. Isso permite a sincronização de todos os dados do banco de dados local para a nuvem e vice-versa, resultando em uma configuração de banco de dados multi-mestre.

Uma vez que ambos os bancos de dados estejam configurados, você pode acessar e editar dados tanto do banco de dados local quanto do banco de dados na nuvem e ambos permanecem sincronizados. 

Essa flexibilidade permite que você mova seus aplicativos e serviços de forma independente, de acordo com sua programação, sem precisar se preocupar com os desafios da migração de dados.

Para minimizar o tempo de inatividade durante o processo de migração de dados, você pode executar instâncias do seu aplicativo tanto localmente quanto na nuvem e redirecionar o tráfego do seu aplicativo para a nuvem, minimizando qualquer tempo de inatividade. Em caso de problemas, você pode alternar de volta para a versão local do banco de dados enquanto resolve o problema.

Uma vez concluída a migração, você pode desligar o mestre local e usar o mestre na nuvem como seu banco de dados. Uma configuração de banco de dados multi-mestre pode ser desafiadora e pode levar a dados dessincronizados e outros resultados desfavoráveis se não for gerenciada corretamente.

Por exemplo, atualizações simultâneas de dados em ambos os mestres podem causar problemas e ler dados de um mestre antes que o outro mestre tenha sincronizado os dados também pode causar problemas. Portanto, essa abordagem só é viável se os padrões de acesso aos dados e as estratégias de gerenciamento do seu aplicativo puderem suportá-la. Você também precisará de rotinas de sincronização específicas do aplicativo e resolução de sincronização para lidar com qualquer problema relacionado à sincronização que possa surgir.

Se seu aplicativo, dados e negócios puderem lidar com esse método de migração, essa é a estratégia mais simplificada e direta das três.

Escolher uma ferramenta é essencial para obter uma migração de dados bem-sucedida, pois pode simplificar o processo e minimizar potenciais impactos negativos. Aqui estão algumas ferramentas recomendadas que podem otimizar sua migração de dados e garantir uma integração mais suave entre sistemas.

O Talend é uma plataforma robusta de integração de dados que oferece soluções para migração de dados, integração de sistemas e transformação de dados. Com o Talend, você pode:

• Automatizar o processo de migração: Facilita a transferência de dados entre diferentes ambientes e sistemas.
• Gerenciar grandes volumes de dados: Suporta a integração de dados em tempo real e em batch, o que pode ser útil para migrações dinâmicas e sincronizadas.
• Monitorar e otimizar a migração: Oferece ferramentas para monitorar o desempenho da migração e ajustar o processo conforme necessário.

O Qlik Gold Client é uma ferramenta de gerenciamento de dados que se destaca na preparação e otimização de dados para migração e teste. Suas funcionalidades incluem:

• Mascaramento de dados: Protege dados sensíveis durante a migração e garante conformidade com as políticas de segurança e Lei geral da proteção de dados (LGPD).
• Criação de ambientes de teste: Permite a criação de ambientes de teste que replicam o ambiente de produção, ajudando a verificar a integridade dos dados antes da migração completa.
• Redução do tempo de inatividade: Minimiza o impacto sobre as operações ao fornecer dados prontos para uso em ambientes de teste.

O Qlik SAP Connector é especialmente útil para empresas que utilizam o SAP como sistema central de gerenciamento de dados. Com o Qlik SAP Connector, você pode:

• Integrar dados de forma eficiente: Facilita a movimentação de dados entre o SAP e as plataformas de nuvem.
• Sincronizar dados em tempo real: Suporta atualizações em tempo real, o que é crucial para migrações dinâmicas e sincronizadas.
• Garantir a integridade dos dados: Oferece funcionalidades para assegurar que os dados estejam corretos e atualizados durante a migração.

Ao considerar essas ferramentas e técnicas, as empresas podem otimizar sua migração de dados, minimizar o impacto sobre as operações e garantir uma transição suave.

Em resumo, a otimização da migração de dados é essencial para reduzir o tempo de inatividade e garantir a continuidade dos negócios durante a transição para a nuvem. A escolha adequada de estratégias e ferramentas, como Talend, Qlik Gold Client ou Qlik SAP Connector, pode facilitar a migração e minimizar impactos negativos. 

Se você precisa de orientação especializada para escolher a melhor abordagem e ferramentas para a sua empresa, não hesite em entrar em contato com nossos especialistas. Envie um e-mail para contato@mindtek.com.br e agende uma reunião para ajudarmos a tornar sua migração de dados eficiente e bem-sucedida.