O estudo “Quem coda o Brasil?”  realizada pela PretaLab em parceria com a ThoughtWorks, consultoria global de software, trouxe dados inéditos sobre a diversidade na área da tecnologia.

O estudo revela pouca representatividade e diversidade de mulheres negras no segmento da tecnologia.

Por mais que a metade da população do país seja formada por mulheres, sendo que 27% de todos os brasileiros são mulheres negras (fonte: IBGE), o mercado da tecnologia é formado predominantemente por homens e pessoas brancas.

21% das equipes de tecnologia do Brasil não têm nenhuma mulher

A ausência dessa representatividade aumenta consideravelmente quando observamos outros recortes: 32,7% das equipes não possuem uma pessoa negra e 85,4% não possuem pessoas com deficiência na equipe, enquanto metade dos entrevistados disseram que não possuem profissionais LGBTQIA + em sua empresa.

A diversidade e inclusão na área da tecnologia é primordial para os negócios e projetos se manterem vivos com visões ampliadas abrindo espaço para a produtividade e menos desigualdade social.

Se a metade da população brasileira são mulheres, será que não deveríamos ter mais presença feminina em diversos cargos?

O objetivo desse estudo foi entender a relação entre as equipes de trabalho e discutir quais ações viáveis que podem ser tomadas para diminuir essas diferenças

Segundo a Associação Brasileira de Startups, o mercado de tecnologia no Brasil precisará de cerca de 420 mil profissionais até o ano de 2024. Os profissionais mais procurados para os próximos anos serão desenvolvedores de softwares e aplicativos, analistas de dados, profissionais de capacitação e treinamento, profissionais de automação e de inteligência artificial.

De acordo com o report The Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial (2018), os profissionais mais procurados para os próximos anos serão desenvolvedores de softwares e aplicativos, especialistas em comércio eletrônico, profissionais de automação, machine learning, inteligência artificial, internet móvel, analista de dados, inovação, capacitação e treinamento.

Diante desse cenário, muitas organizações têm disponibilizado plataformas gratuitas para capacitação no segmento da tecnologia, com a finalidade de viabilizar o acesso ao estudo de forma simples e gratuita.

Confira alguns projetos:

  • Preta Lab: Uma plataforma que reúne profissionais negras  e empresas interessadas para preenchimento de vagas.
  • Forsoft Academy: Programa de capacitação profissional que tem a duração de 6 meses para desenvolvedores front-end, full-stack, analista de dados e programador PHP.
  • Educa Transforma: Projeto que oferece formações gratuitas para pessoas trans na área de marketing e tecnologia da informação.
  • Catalisa: Projeto voltado para pessoas com deficiência que tem objetivo de formar profissionais. Os cursos disponíveis são: Java, Spring, SQL, Git e entre outros.

Diante deste quadro, a PretaLab lançou uma ferramenta disponível no endereço www.pretalab.com/perfis que pretende unir profissionais negras e empresas interessadas em preencher vagas em um ambiente digital. As profissionais cadastram seus currículos e apresentam suas habilidades e experiência em uma espécie de hub de perfis que pode ser consultado por empresas de tecnologia ou departamentos de informática de instituições, ONGs e setor privado.